Qual o preço do dólar hoje? Primeiramente, a moeda mais importante do planeta vem passando por uma forte valorização em relação ao real. Assim, o avanço se acelerou em meio à crise econômica causada pela pandemia.
Dessa forma, desde janeiro de 2020, o dólar acumula alta de mais de 32% até novembro. Ou seja, a moeda custava R$ 4,02 no início do ano passado, e abriu o mês de novembro cotada a mais de R$ 5,76.
Além disso, a volatilidade do dólar está no maior nível dos últimos anos. Assim, chegou a oscilar mais de R$ 0,20 em um único dia.
Dessa forma, o preço do dólar tem profunda influência sobre muitos setores da economia brasileira.
Seja como for, a moeda americana interfere no valor das suas viagens, nos produtos que você consome e, claro, nos seus investimentos.
Contudo, como ocorre frequentemente quando falamos de economia, as variáveis que influenciam o mercado de câmbio são muitas e nem sempre tão previsíveis.
O Que é a Cotação do Dólar?
Antes de mais nada, o dólar é a moeda da maior economia do mundo que é os Estados Unidos. Então, isso faz com que a moeda seja então a mais utilizada nas transações internacionais realizadas pelo mundo todo. No entanto, qualquer alteração na economia norte-americana acaba por afetar o mundo todo.
Nesse sentido, quando há uma circulação maior do dólar dentro de um país, como por exemplo, o Brasil significa que a oferta está grande e o preço do dólar tende a diminuir consideravelmente. A mesma coisa vale para o contrário, se há pouca circulação da moeda no país o seu preço tende a aumentar.
Tipos de Dólar
Dólar Comercial:
Em suma, é o dólar usado na cotação da bolsa de valores, nas negociações feitas no exterior entre empresas e pelo governo. A cotação que a gente vê nos sites de economia e nos telejornais é a do dólar comercial. Ele precisa ser mais acessível, ou seja, mais baixo.
Dólar Turismo:
Dessa forma, além de ser usado, obviamente, para suas viagens ao exterior, é então a cotação dele que vale também para as compras no cartão de crédito que você utiliza lá fora.
O dólar turismo é sempre maior que o dólar comercial por ser usado apenas para consumo.
Dólar Paralelo:
Por fim, este é o dólar comercializado por pessoas ou entidades que não tem a autorização para isso. No caso do Brasil não é proibido que você tenha dólares em casa, mas é necessário declarar a quantidade que está entrando no país.
Fatores Que Influenciam na Alta e Queda do Dólar
Queda do Dólar:
- Superávit comercial – Quando a quantidade de exportações é maior, ou seja, com itens vendidos pelo Brasil e pagos em dólares pelos estrangeiros.
- Juros Brasileiros – A alta dos juros brasileiros acabam por atrair investidores estrangeiros.
- Turismo – Quando turistas trocam dólar por real no Brasil, aumenta a oferta de dólar no país e a demanda por real.
Alta do Dólar:
- Déficit comercial – Quando o Brasil importa mais do que exporta.
- Gastos brasileiros no exterior – Brasileiros gastam além do normal nos países estrangeiros. Eles precisam de dólar para gastar no exterior – ou seja, há mais demanda de brasileiros pela moeda americana.
- Juros americanos – Se os juros nos Estados Unidos sobem, a tendência também é que saiam dólares do Brasil, já que a taxa lá fora fica mais atrativa para os investidores.
Qual o Papel do Banco Central em Relação ao Dólar?
A princípio, o Banco Central (BCB) é responsável por regulamentar o sistema financeiro do país e garantir a estabilidade do real. Assim, na iminência de uma crise, o BCB pode intervir no mercado de câmbio para evitar um colapso econômico.
Primeiramente, o Banco Central é responsável por supervisionar o mercado de câmbio. Nenhum banco ou instituição pode vender dólares no Brasil sem autorização do BCB.
Ademais, outra função do Banco Central é publicar uma taxa de câmbio chamada Ptax, que é considerada o câmbio oficial do dólar.
Atualmente, o BCB calcula uma média dos preços do dólar no mercado e divulga a Ptax, usada como referência para contratos e operações.
Entretanto, existem, ainda, situações de instabilidade nacional que podem desencadear uma “corrida ao dólar”. Em outras palavras, uma alta súbita da demanda que faz o câmbio disparar.
Diante disso, nestes casos, o BCB coloca suas reservas de dólar à venda para ampliar a oferta da moeda e impedir uma desvalorização catastrófica do real.
Então, a frequência destas intervenções já vinha crescendo em meio à crise política no Brasil, e atingiu um ápice diante do impacto econômico da pandemia.
Enfim, entre março e outubro de 2020, o BCB leiloou US$ 23,4 bilhões à vista para amenizar o avanço do dólar, sendo mais de US$ 10 bilhões somente em março.
Outras Informações Importantes
Risco Brasil:
Em síntese, o Risco Brasil (ou “risco-país”) é um indicador do quão arriscado é para investidores estrangeiros aplicarem dinheiro no país.
À primeira vista, o conceito deste índice é bastante amplo. No entanto, sua percepção é afetada por uma diversidade de fatores. Por exemplo, leis tributárias, taxa de juros, política fiscal, privatizações, tensões diplomáticas e instabilidade política.
Assim, quanto mais alto o Risco Brasil, menos atrativo o país é para os investidores estrangeiros. Então, eles acabam tirando o dinheiro daqui em busca de aplicações mais seguras ou rentáveis em outros países.
Dessa maneira, cresce a procura por dólar, gerando valorização da moeda americana frente ao real.
Logo, as duas principais metodologias para avaliar o risco-país são o EMBI+ e o CDS. Assim, o risco sobe em cenários de turbulência política e econômica, e a pandemia vem agravando o quadro brasileiro.
Rating Soberano:
Em contrapartida, outro indicador muito importante para a atração de investimentos estrangeiros (ou seja, entrada de dólares) é a classificação de risco de crédito, ou rating soberano, do Brasil.
Em suma, esta nota é dada por agências internacionais de rating e representa, basicamente, o risco de que uma nação dê “calote” na sua dívida pública. As principais agências que fazem esta classificação são Moody’s, Fitch e S&P.
Desse modo, elas consideram uma imensa variedade de fatores, incluindo a balança comercial, equilíbrio fiscal, estabilidade política, estoque de dívida interna e externa, entre outros.
Nos dias de hoje, a classificação brasileira é quase igual à da África do Sul e inferior à de outros países emergentes, como Rússia, China e México.
Mercado Internacional:
Por outro lado, sendo o dólar a principal moeda utilizada no comércio internacional, não é surpresa que o cenário global tenha profunda influência sobre a sua cotação.
Nos dias atuais, o risco mais evidente à economia mundial é a pandemia do coronavírus. Pois assolou boa parte da atividade econômica em todo o planeta, obrigou as nações a aumentarem sua dívida pública e elevou o risco aos investimentos de forma generalizada.
Contudo, uma reação muito natural entre os investidores é a busca por segurança. Ou seja, fortalece o dólar e outras moedas fortes contra o real e diversas outras moedas de países emergentes.
Por fim, o impacto na economia global foi particularmente sentido por países exportadores de matéria-prima e commodities. Como é o caso do Brasil. Assim, um sinal deste impacto é o recuo de 15,6% desde janeiro do índice CRB. Uma vez que rastreia produtos como petróleo, minério de ferro, soja, milho e carne de boi e de frango. Algumas das principais exportações brasileiras.
Qual o Preço do Dólar Hoje?
A cotação do dólar hoje (data da publicação desta matéria) está R$ 5,21. A cotação do dólar comercial americano é sempre atualizada. Assim, as pessoas devem sempre ficar informadas sobre o dólar e tomar as melhores decisões.
Leia também: