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Práticas de Empreendedorismo Social: Principais Características e Exemplos!

As práticas do empreendedorismo social são responsáveis por criar negócios sustentáveis e de grande valor para a sociedade. Assim, baseados em um modelo independente de  doações, e ajuda por parte do Estado. Diferentes organizações costumam provocar impactos bastante expressivos, sejam eles em um nível local ou global.

Além disso, as práticas de empreendedorismo social possuem o poder de unir causas e negócios para poder construir um mundo melhor. Mas calma, não estamos falando de caridade ou filantropia, mas sim de diversas empresas que têm como propósito ajudar a solucionar problemas ambientais e sociais. 

Sem contar que são negócios que atuam por uma causa maior e oferecem soluções para questões de educação, emprego, moradia e saúde. Entre outras áreas que podem acabar sendo transformadas com o apoio de empresas. Lendo este artigo até o final você vai conseguir entender melhor sobre as práticas de empreendedorismo social. Além de como funcionam suas práticas, intuito, e como mais empresas podem colocar em prática. Aproveite as informações e boa leitura!

O que é o empreendedorismo social?

práticas de empreendedorismo social
O empreendedorismo social trabalha pensando nas melhorias da sociedade (Fonte: Canva)

Primeiramente, o empreendedorismo social é um conceito que facilita a construção de negócios no qual o maior impacto são as melhorias para a sociedade. Ou seja, essas empresas existem principalmente para poder promover  soluções que gerem mudanças na sociedade e na realidade de pessoas e comunidades mais vulneráveis.

Dessa forma, elas podem fazer isso oferecendo mais oportunidades, emprego, capacitação, acesso a saúde e educação, atuando diretamente na preservação do meio ambiente, e etc.  Por causa dessa explicação, você pode estar se perguntando qual a diferença entre essas iniciativas comparadas com as organizações do terceiro setor. Embora ambas estejam lutando por uma causa, o empreendedorismo social não depende apenas de doações para poder sobreviver.

Isso porque parte ou total de seus fundos vêm de serviços e produtos, assim como acontece em qualquer outra empresa. Entretanto, esse modelo não possui lucro como seu objetivo central, mas sim o valor agregado a uma sociedade. Por isso, enquanto o  empreendedor comum cria um negócio para conseguir lucrar mais, atendendo uma demanda do mercado. 

Como funciona

O empreendedor social toma uma iniciativa para poder resolver um problema, além de atender uma necessidade social, normalmente notada em sua localidade, ou na comunidade onde ele trabalha ou vive. Com o passar do tempo, essa iniciativa pode acabar se tornando um negócio que não exclui a obtenção de lucro. Mas isto é mais uma decorrência do que de fato uma primeira intenção.

Além disso, é importante diferenciar o empreendedorismo social de ações de responsabilidade social que normalmente são encabeçadas por empresas. Essas campanhas costumam beneficiar comunidades de forma pontual, por exemplo, entregando cestas básicas para famílias vulneráveis financeiramente durante a época de natal.

Entretanto, elas não necessariamente sustentam transformações de forma mais profundas, que possam mudar a realidade desses indivíduos, dando o suporte que eles precisam para que tenham sua própria renda. Já o empreendedorismo social surgiu justamente para poder promover essas mudanças, sendo sempre feito de modo contínuo e bem estruturado.  

Por fim, é fundamental falar sobre o caráter local do empreendedorismo social. Sendo assim, é comum que toda a história da iniciativa  de um empreendedor social esteja diretamente ligada a um problema que uma pessoa ou grupo enxergam dentro de suas comunidades. A partir disso, eles procuram buscar uma solução que possa beneficiar a todos. O problema pode até estar presente em outros ambientes e assim, a solução escalável, contudo, o início é quase sempre no local. 

O que é ser um empreendedor social?

De forma prática, significa usar as ferramentas e características do empreendimento para poder viabilizar um negócio que seja de impacto socioambiental. Nesse sentido, a instituição deve citar algumas estratégias a serem empregadas por esse líder, como por exemplo:

  • Proposta de criação de novas ideias úteis que ajudem a resolver problemas sociais. Isso combina com práticas e alguns conhecimentos de inovação, produzindo serviços, conhecimentos e produtos. 
  • Criação de parcerias e meios de sustentabilidade de projetos.
  • Transformação das comunidades por conta das associações e parcerias estratégicas.
  • Uso de enfoques que se baseiam no mercado para poder resolver os problemas sociais.
  • Identificação  de novos mercados e oportunidades para poder financiar uma missão social.

Função das práticas de empreendedorismo social

Antes de mais nada, o empreendedorismo social surgiu para poder suprir as diversas necessidades que não são cobertas pelo Estado. Assim, estendendo em especial algumas demandas de populações que sejam mais vulneráveis. Além disso, no Brasil esse campo acabou ganhando mais força por volta dos anos 1990. Quando aconteceu uma considerável redução de investimentos públicos na área social e consequentemente o aumento da presença e influência da sociedade civil organizada.

A partir disso, diversas empresas passaram a olhar mais para o seu verdadeiro papel na sociedade, assim, implementando algumas atividades que fossem de responsabilidade social. Nesse espaço, existia também o empreendedorismo, que corresponde a uma nova maneira de pensar na gestão de empresas. Desse modo, elevando sua flexibilidade e competitividade no mercado, saber o que é empreendedorismo é fundamental para expandir seus conhecimentos.

Não demorou muito tempo para que esses dois conceitos acabassem se misturando. Usando a capacidade empreendedora para conseguir solucionar um dos principais problemas de ONGs e outras entidades que sejam focadas apenas no campo social: o levantamento de recursos financeiros. Por mais que no país existam algumas opções variadas para poder captar os valores que essas instituições funcionem. Além disso, eles ficam limitados por conta de burocracia e dificuldades, por exemplo, para poder levar ações ao conhecimento de possíveis colaboradores.

Contexto

Considerando o contexto do empreendedorismo que nasce justamente para poder propor soluções diferentes para questões antigas. Fez todo o sentido adicionar esse raciocínio para poder resolver essa difícil demanda financeira. Ao invés de concentrar os esforços na sensibilização de comunidades e na captação de recursos junto de governos e fundos de incentivos.

 Os empreendedores sociais forjaram a sua própria fonte de renda. Desse modo, eles aliaram itens comerciais e auxílios à população com o objetivo de formar negócios que fossem autossustentáveis. Claro que pode acabar sendo interessante captar recursos de outros  fundos em algumas ocasiões. Como na expansão da iniciativa ou então durante grandes campanhas, contudo, é possível sobreviver de maneira menos dependente de doações.

Além do que, é totalmente possível escalar no empreendedorismo social e é até desejável. Já que uma vez que soluções e iniciativas que sejam bem sucedidas em uma comunidade possam ser adotadas em outras localidades. Assim, potencializando muito os seus benefícios. Um dos principais caminhos para essa escala é o trabalho em rede, algo que ainda é pouco praticado na sociedade civil organizada. Isso porque uma vez que as OSCs operam isoladas, quando podem acabar se beneficiando muito. E melhor que isso, beneficiar todo seu público por um trabalho conjunto com suas organizações mais próximas.

Outros caminhos

Outro caminho para poder dar escala em iniciativas bem sucedidas, é por meio de algumas estratégias de responsabilidade social das empresas. Sendo assim, quando uma empresa toma uma iniciativa ou um projeto que ela apoia em uma determinada comunidade e leva para ser feita em outra. 

Ela está ampliando o leque das suas ações sociais, consequentemente, com isso ela consegue beneficiar outras comunidades em diferentes localidades, com a vantagem de poder  oferecer algo já testado e aprovado por outras pessoas.

Esses dois caminhos, estratégias de responsabilidade social e trabalho em rede empresarial, possuem um grande potencial para poder ampliar os efeitos de iniciativas sociais locais. Além de beneficiar pessoas que estejam em situações de vulnerabilidade.

Os empreendimentos focam na missão social e contribuem para a satisfação e realização pessoal de funcionários e gestores. Isso porque o seu trabalho alinha propósito de vida e carreira, agregando um sentido nobre para as atividades profissionais.

Importância e impacto das práticas de empreendedorismo social

Os empreendedores sociais vêm fazendo toda a diferença na vida de diversas comunidades espalhadas pelo mundo todo. Desse modo, seus projetos levam à profissionalização, alimentos, cultura e informação.

Desse jeito, contribuindo para um bem estar social e a preservação de ecossistemas naturais. Além disso, na atual era da informação, essas ações acabam se destacando por unir inovação, transformação digital e geração de valores para a sociedade, ultrapassando objetivos que estejam geralmente voltados para o lucro.

Hoje é possível enxergar dois movimentos: O primeiro deles é já termos empreendedores que começam seu negócio com um propósito social em mãos. Sem necessariamente pensar em uma iniciativa sem fins lucrativos. Desse modo, esse modelo de negócio social tende a crescer de forma expressiva. Em paralelo a isso, podemos ver organizações da sociedade civil as OSCs que buscam ampliar seus meios de sustentabilidade, ampliando ou criando a oferta de produtos e serviços.

É possível dizer que essa tendência tende a se fortalecer cada vez mais. Uma vez que é bem difícil sustentar uma organização apenas por meio de doações. Afinal, o IPEA aponta a existência de aproximadamente 780 mil OSCs no Brasil. Por mais que as doações passem a aumentar de forma bastante significativa. Fica bem difícil atender às necessidades de manutenção de todos esses contingentes.

Como explicamos acima, uma fundação dá o suporte ao trabalho de empreendedores sociais, que ficam localizados em cerca de 190 nações. Os projetos alcançaram a distribuição de aproximadamente US$6,7 bilhões entre comunidades vulneráveis.  Além disso, conseguiram importantes conquistas em prol ao meio ambiente, como por exemplo, a redução de CO2. E por consequência, a diminuição do efeito estufa e do aquecimento global. Evitando que aproximadamente 192 toneladas de gás pudessem chegar à atmosfera.

Conheça algumas ações práticas

Para poder compreender e criar algumas ações práticas dentro desse campo, é importante lembrar que precisam atender às demandas de maneira contínua e sustentável. Por esse motivo, implica em investir tempo, estruturar a oferta de produtos e serviços, a fim de que essa atividade não atenda apenas uma necessidade pontual. E para entregar valor, é fundamental criar alguns indicadores que auxiliem a entender melhor a evolução e efetividade de sua iniciativa. Diante de uma comunidade que não possui acesso nem água potável, por exemplo. O empreendedor social precisará encontrar respostas que irão além da compra deste item para abastecimento durante um mês.

Além disso, é necessário oferecer oportunidades de reverter essa situação. Reaproveitando a água, ou então garantindo o abastecimento dessa região sem causar grandes danos aos cidadãos. Artesanato e saneamento básico são apenas alguns dos segmentos tradicionalmente beneficiados por negócios de cunho social, entretanto, eles não são os únicos. 

Veja a seguir quais são os setores que mais contam com o auxílio das práticas de empreendedorismo social no mundo:

  • Soluções ecológicas;
  • Educação;
  • Geração de empregos;
  • Atividades econômicas;
  • Saúde;
  • Inclusão financeira;
  • Habilitação;
  • Direito à terra;
  • Acesso á energia;
  • Tecnologia;
  • Inclusão social.

Veja quais são as características de um empreendedor social?

Um empreendedor social precisa combinar diferentes habilidades, conhecimentos, posturas e competências. Assim, unindo um espírito empreendedor para solidariedade. A seguir veja quais são as características de acordo com um estudo, veja abaixo:

 Conhecimentos

Podemos definir esses conhecimentos como o saber que pode ser ganhado através de fontes externas, sejam eles livros, podcasts ou aulas. No universo do trabalho, é comum se referir à educação técnica ou formal, porém, também às informações relacionadas  à gestão de pessoas. Para conseguir estar à frente de um empreendedorismo social, é importante aprender:

  • Gerenciar empresas e pessoas;
  • Aplicar algumas soluções originalmente empresariais para poder resolver alguns problemas sociais;
  • Aproveitar e identificar as oportunidades de parceria ou negócio.

 Habilidades – Práticas de empreendedorismo social

São as qualidades que tornam uma pessoa capaz de realizar as atividades práticas com mais sucesso. Dessa forma, desenvolver algumas habilidades é fundamental. Afinal, não adianta nada ter os conhecimentos sem saber como  utilizá-los no dia a dia de um negócio. Pensando nisso, o Bradesco oferece um curso de desenvolvimento pessoal e  profissional para te ajudar durante esse processo, saiba mais acessando (https://www.ev.org.br/areas-de-interesse/desenvolvimento-pessoal-e-profissional).

Abaixo, conheça as principais atividades para ter um perfil empreendedor voltado a causas sociais:

  • Ter iniciativa;
  • Visão clara;
  • Ser participativo;
  • Saber trabalhar bem em equipe;
  • Ser criativo;
  • Saber agir e pensar estrategicamente;
  • Ser inteligente;
  • Ser objetivo.

É fundamental salientar que o empreendedor social, assim como outros empreendedores, precisa ter uma boa visão de negócios e oportunidades. Ver uma solução onde existe um problema e outras pessoas não conseguirem agir, é uma habilidade muito útil.

Conclusão sobre práticas de empreendedorismo social

Por fim, como mencionamos durante o artigo, o empreendedorismo social serve principalmente para gerar capital social. Além de incluir e emancipar populações em situações de vulnerabilidade ou que vivam em desigualdade social. Vale dizer, que o empreendedorismo empresarial possui o mesmo objetivo de qualquer empresa privada. Que é o de gerar lucro para os donos, investidores e sócios.

Outro ponto que distancia esses dois conceitos é que o empreendedorismo tradicional costuma focar na produção de bens que procuram atender aos desejos e necessidades dos clientes. Enquanto o empreendedorismo social trabalha buscando a transformação em comunidades vulneráveis socialmente e financeiramente.

Desse modo, esses impactos e mudança na vida das pessoas é a principal medida para avaliar o sucesso verdadeiro de um empreendimento de cunho social.

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